quinta-feira, 21 de julho de 2011

perdendo Flores

Quebrei as pernas
E todo meu sangue foi embora
Naquela noite enquanto eu tentava coças os anjos
A espera de Rafael aparecer
Vi alguns arcanjos, mas nada que fosse o que eu realmente queria
Perdi as luzes brilhantes
Junto com as borboletas do deserto
Então eu não ouço suas razões
Nem duas reflexões
Nada explica porquê dói tanto
E até as samambaias fazem uma cortina
Impedindo a visão da lua cheia
Então não me diga o tamanho da minha fome
E os anjos se foram e nenhum deles é meu...
Eu continuo sedenta e faminta.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um Conselho de Eliane Para Janaina, ou vice-versa...

Olá menina...
Andei sabendo da sua vida
E juro que me assustei...
Você devia parar de beber...
Sei que as coisas não andam fáceis
E se entregar não vai resolver
Mas quem sou eu para julgá-la
Hei, garota você não é mais nenhuma mocinha
Que tal largar essa mochila?
Hei, minha dama não acha que está indo rápido de mais?
Deixa esse volante, ou vai bater na próxima esquina...
Acho que como eu, você deve sentir falta
Mas nem tudo é tão perfeito
Sei que já esteve muito em alta,
Não é nenhuma novidade
As baixas são sempre um defeito
Pra quem detesta ouvir a verdade
Então me ouça ao menos desta vez
Meu anjo deixa eu te ajudar
Tira essa mágoa daí, que vai apodrecer
Minha lindinha chora o quanto tiver que chorar
Só não quero vê-la padecer
Pelos fracassos do último mês.
Eu queria dizer que passou,
Que amanhã tudo vai estar mais calmo,
Mas gatinha, não vai.
Eu queria dizer que a chuva estiou,
E que a manhã de amanhã estará tudo alvo,
Mas não vai...
Tenha força e paciência
Calma e resistência
Plenitude, amplitude
Tolerância, sapiência e paciência...
Juventude e atitude.
Nem olha pra trás não,
Tira isso do coração...
Vai doer menos pra sair
Do que doeu pra entrar
vamos ver a chuva e sorrir
E as nuvens escuras para limpar
A alma quando descarregar...
Pisar na poça d’água e gargalhar
Deixar tempo ruir
Solte-se das grades que te fazem prisioneira
Use todo seu astral para deixar
As coisas da sua maneira
Deixe a vida te levar
E sai onde e quando deixar poeira
Assim você vai longe, doçura
Muito longe, baby...
( Não sou ninguém sem você para me completar...)