segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Lilith

Ele é tão belo
Que chega a enganar
Com esse papo intelectual
Essa barba serrada
E um jeito engraçado
Ele acha que conheceu mais uma das meninas de rua
Ele pensa que vai passar depois q consumar
Mal ele sabe que isso é plano dela
E ela é como uma gata com fome
Faz graça, ronrona...
Mas some depois de comer
Ele acha que adoçando sua boca
Vai fazê-la entender
Que ele é o que ela precisa pra se manter viva
Ele esquece que está se envolvendo de mais nesse jogo,
Ele acha que ela não sabe jogar
Ela sabe exatamente a estratégia para fazê-lo perceber
Que só ela é capaz de beber do seu vinho
Comer do seu banquete
Receber flores, jóias e muito amor
Sem que ele se sinta envolvido
Ou fora do seu próprio controle...
Ela o fará antes que a noite caia
E depois do primeiro raio de sol ela não estará mais lá
E ele vai se perturbar
E ainda assim não vai sentir que é ela quem rege sua vida agora...
Ele vai achá-la nos vales mais sombrios, e levá-la ao seu quarto
E só a terá quando realmente tiver sensatez de reconhecer
Que não come, não bebe, não anda e nem fala
Sem sua presença evidente.

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