quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pra Onde foi?

Na rodoviária
Ela assenta ao meio-fio
Acende um
Toma um ou dois goles de qualquer bebida alcoólica
Suas malas viram travesseiros
E o chão um belo leito
O celular despertador,
E é hora de partir
Viajar para qualquer lugar longe daqui, ou daí...
Ela vai chegar ao arco-íres,
E vai ficar milionária ao convencer o duende
A lhe dar metade dos ouros do seu pote.
Ela vai além do que se pensa
E vai chegar ao horizonte e dizer:
“Caramba...eu to aqui pertinho do nada... do infinito...”
Olha você, podia ser bem mais do que foi...
Podia ter-la em suas mãos
Em suas roupas
Em seu corpo
E agora ela é dona do mundo...
Dona das suas virtudes
De seus mais belos adornos
E tudo poderia ser seu...
E de nada vai valer
Sua volta, ser melhor agora
Não há mais motivo, nem sentido
Caia na sua dor, e levante-se
Você é capaz como ela foi.
Não seja ingênuo
De pensar que ela ainda te pensa
Ela agora é Senhora de si só
Só por si só
E ela sabe...
Agora conhece o doce sabor da liberdade
E solidão por solidão
Agora ela não se sente
Agora ela é só
E teus sonhos ainda se perdem
No labirinto assombrado pela deliciosa
Sombra do seu humor
Do seu jeito
Dos seus livros e de seus costumes mais fugazes
E capazes de te endoidecer
Pela distancia
Pelo tempo
Pela perda
Pela chama que você assiste apagar
Até o fim do pavio
Do som da música que é só dela

Até que se finde
Até que...
Até que você durma.
E não para por aí...
Você vai sonha com os seus cabelos curtos
Balançando com uma brisa mansinha da praia
Ou molhados com águas de uma cachoeira ou banheira qualquer
E ela vai assombrar todos os seus pensamentos
Para te lembrar a cada dia
O quanto você foi tolo.
E de repente, você vai acordar
Com o sabor dos seus lábios nos teus
E vai pensar que recebeu sua visita...
E depois vai cair na real
Que não passou de uma sensação
E vai ter de se contentar com apenas sensações...ilusões...

Nenhum comentário: